A recente decisão da China de encerrar uma investigação antimonopólio contra a Google é vista como um gesto estratégico numa altura em que as "tarifas de exportação" e disputas tecnológicas dominam a agenda bilateral.\n\nA relação comercial entre Washington e Pequim continua a ser uma fonte de grande instabilidade para a economia global. O impacto direto é sentido por empresas como a FedEx, que prevê perdas de mil milhões de dólares devido à disrupção nas rotas entre os dois países. No entanto, as tarifas são apenas uma das várias frentes de uma disputa mais vasta que inclui o futuro de plataformas como o TikTok e o controlo de tecnologias avançadas, como os semicondutores.

Neste cenário, a China parece estar a usar outras ferramentas para além da retaliação tarifária.

A decisão de encerrar uma investigação antimonopólio contra a Google, ao mesmo tempo que acusa a Nvidia de violar as suas próprias leis da concorrência, é interpretada como uma manobra para ganhar poder negocial. Ao aliviar a pressão sobre uma gigante americana (Google) enquanto a aumenta sobre outra (Nvidia), Pequim sinaliza que tem múltiplos instrumentos para responder às políticas de Washington.

As "tarifas de exportação" continuam a ser um ponto central nas negociações, mas as ações da China demonstram que a batalha se estende ao domínio regulatório e tecnológico, utilizando-o como alavanca nas discussões comerciais.