Estas ações refletem a crescente politização da tecnologia e a luta pela supremacia na inteligência artificial.
A tensão escalou quando a Casa Branca anunciou a proibição da venda de chips à China, uma medida que ameaçava o negócio da Nvidia, uma das empresas mais valiosas do mundo.
Para contornar a proibição, a empresa tecnológica chegou a um "acordo sem precedentes", concordando em pagar "15% aos EUA das suas receitas com as vendas à China".
Esta solução, no entanto, não apaziguou Pequim.
O regulador de mercado chinês (SAMR) acusou formalmente a Nvidia de violar as leis antitrust do país na sua aquisição da Mellanox, uma investigação que teve início em dezembro.
A empresa norte-americana refutou as acusações, garantindo que "respeita a lei em todos os aspetos".
A situação agravou-se quando o governo chinês ordenou a empresas tecnológicas nacionais, como a Tencent e a Alibaba, que deixassem de comprar os chips da Nvidia, uma decisão que o CEO Jensen Huang admitiu ser "desapontante". Este movimento insere-se na "grande ambição da China de superar os esforços dos EUA na corrida à inteligência artificial e produzir os próprios chips", reduzindo a sua dependência tecnológica.
A complexidade do cenário é sublinhada pela decisão da China de encerrar, em paralelo, uma investigação antimonopólio contra a Google, sugerindo uma estratégia calculada de pressão e negociação no âmbito das disputas comerciais mais vastas com Washington.














