A gigante da logística FedEx alertou para um impacto financeiro substancial decorrente do "caos tarifário" entre os Estados Unidos e a China, evidenciando como as tensões comerciais se traduzem em custos diretos e disrupções na cadeia de abastecimento global. A previsão da FedEx, uma das maiores empresas de transporte expresso do mundo, serve como um barómetro do impacto económico das tensões comerciais globais. A empresa atribui o impacto financeiro negativo de mil milhões de dólares a dois fatores principais: a "redução das remessas da China para os EUA" e o "maior custo no desalfandegamento de mercadorias". Esta quebra no volume de trocas comerciais é uma consequência direta das políticas tarifárias e das proibições de venda impostas, que desincentivam o comércio bilateral e criam barreiras operacionais.
A situação reflete um ambiente de incerteza que, segundo um estudo da Deloitte, preocupa mais as empresas do que a própria carga fiscal.
O "caos tarifário" não afeta apenas os custos diretos, mas também a previsibilidade e a eficiência das cadeias de abastecimento, forçando as empresas a reavaliar as suas estratégias logísticas e a procurar alternativas para mitigar os riscos. O caso da FedEx ilustra como as decisões políticas se traduzem em perdas financeiras concretas para os operadores que dependem do comércio internacional, transformando a geopolítica num fator crítico para a gestão de risco e a rentabilidade no setor da logística.
Em resumoAs políticas tarifárias e a instabilidade comercial entre as maiores economias do mundo estão a gerar custos operacionais e perdas de receita significativas para o setor da logística, com a FedEx a projetar um impacto de mil milhões de dólares. Este valor evidencia como as políticas protecionistas se materializam em disrupções tangíveis nas cadeias de abastecimento globais, afetando a rentabilidade e a estabilidade do comércio internacional.