“O que mudou agora é que se vê um quadro diferente dos riscos para o mercado de trabalho”, afirmou, indicando que os dados mais recentes sugerem um arrefecimento da criação de emprego. Esta visão é partilhada por analistas, que veem o corte como uma resposta à “desaceleração” do mercado de trabalho, apesar da pressão inflacionária.

A Fed encontra-se numa encruzilhada, pressionada pela administração Trump para cortes mais agressivos, enquanto tenta equilibrar o apoio à economia com o controlo da inflação.

O próprio Powell sublinhou que “não há um caminho sem riscos”, dado que as pressões inflacionistas persistem enquanto as condições laborais enfraquecem.

A instituição projeta que a inflação termine o ano acima da meta de 2%, mas a preocupação com o emprego levou a Fed a sinalizar a possibilidade de mais dois cortes até ao final do ano, demonstrando que a prioridade se deslocou para a mitigação dos riscos de uma desaceleração económica.