Esta medida visa mitigar o impacto das tarifas de importação e reforçar a sua competitividade no mercado norte-americano, um dos mais importantes para a marca.

A decisão da Hyundai exemplifica uma tendência crescente entre os fabricantes de automóveis globais de relocalizar a produção para os mercados de destino, como forma de contornar barreiras comerciais e reduzir a exposição a tensões geopolíticas.

O setor automóvel tem sido um dos mais afetados pelas políticas protecionistas, sofrendo com o aumento dos custos e a disrupção das cadeias de abastecimento. A AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel já havia destacado o “impacto das taxas impostas pelos Estados Unidos” como um dos principais desafios para os produtores de componentes.

A estratégia da Hyundai, que envolve um aumento da capacidade na sua fábrica na Geórgia, não só responde a estes desafios, mas também alinha-se com os incentivos para a produção local nos EUA.

Ao fazê-lo, a empresa procura transformar uma ameaça comercial numa oportunidade para aprofundar a sua presença industrial e proteger a sua quota de mercado num ambiente económico cada vez mais fragmentado.