Segundo o investidor, a eficácia das tarifas é limitada por múltiplos fatores, incluindo a baixa taxa de inspeção de mercadorias nos portos norte-americanos e a existência de vias legais e ilegais para evitar os impostos. Esta perspetiva desafia a ideia de que as tarifas são uma causa direta de inflação generalizada, um argumento que Fisher considera um mito. Para ele, a inflação resulta do excesso de moeda em circulação e não de barreiras comerciais.

Esta análise contrasta com a preocupação expressa por instituições como a OCDE, que prepara um relatório para avaliar o “impacto das tarifas impostas pelos EUA”, e por líderes empresariais, que, segundo um inquérito da Deloitte, veem nas tarifas uma fonte de grande incerteza. O debate entre a perceção de risco e a realidade económica sublinha a complexidade de medir os efeitos das políticas comerciais, sugerindo que, embora as tarifas gerem volatilidade e afetem setores específicos, o seu impacto macroeconómico a longo prazo pode ser menos severo do que se teme.