O Grupo Volkswagen anunciou a paragem da produção em diversas fábricas alemãs, incluindo Zwickau, Dresden e Emden, que produzem modelos elétricos da Volkswagen, Audi e CUPRA. Um porta-voz do grupo explicou que a empresa está a "ajustar o seu calendário de produção à situação atual do mercado", indicando que a procura por modelos como o Audi Q4 e-tron foi afetada pelo impacto das tarifas.

A situação é igualmente grave no setor dos componentes.

A Bosch, uma das maiores fornecedoras mundiais, anunciou planos para eliminar mais de 13.000 empregos na Alemanha até 2030, mais do que duplicando as estimativas anteriores.

A empresa justificou a medida com a necessidade de reduzir custos para assegurar a sua competitividade, citando o aumento das tarifas aplicadas pelos EUA como um dos "enormes desafios" que o grupo enfrenta, a par da queda da procura global e da concorrência chinesa. Esta conjuntura demonstra a vulnerabilidade da indústria europeia às políticas comerciais protecionistas e o seu efeito dominó, que se estende da montagem de veículos à produção de componentes, com consequências diretas no emprego.