A nova política, descrita como a "arma preferida" do Presidente, isenta apenas as empresas que construam ou invistam em fábricas nos Estados Unidos, e gerou forte preocupação na indústria farmacêutica europeia.
A Federação Europeia das Indústrias e Associações Farmacêuticas alertou que esta medida resultará num aumento inevitável dos custos para os consumidores.
A tarifa, que também abrange fabricantes de veículos pesados, insere-se numa estratégia mais ampla de protecionismo comercial. A farmacêutica de matriz portuguesa Hovione, que tem um investimento de 68 milhões de euros a decorrer na sua fábrica nos EUA, afirmou, no entanto, que a sua estratégia de expansão não é uma reação direta às ameaças tarifárias, sublinhando a complexidade e a inércia das cadeias de abastecimento globais no setor. Segundo o CEO, Jean-Luc Herbeaux, as farmacêuticas não relocalizam facilmente a produção devido à necessidade de tecnologias especializadas e parcerias de confiança.
A medida reflete uma tentativa de reduzir a dependência dos EUA de medicamentos fabricados no estrangeiro, mas arrisca-se a perturbar um setor globalmente integrado e a penalizar os doentes com preços mais elevados.













