Esta barreira comercial está a provocar uma reconfiguração estratégica por parte dos fabricantes chineses, que aceleram os planos de produção local e diversificam a sua oferta para contornar os custos acrescidos. A resposta do mercado foi imediata, com as vendas de veículos híbridos plug-in de origem chinesa a dispararem 1271% em agosto, uma vez que esta categoria não está sujeita às mesmas tarifas.
Esta alteração no mix de vendas demonstra a agilidade dos construtores chineses para se adaptarem ao novo enquadramento regulatório.
A BYD, uma das principais visadas, já reagiu, com a sua vice-presidente, Stella Li, a afirmar que produzir veículos na Europa e importar baterias da China "não faz sentido".
Esta declaração sinaliza a intenção da empresa de estabelecer também a produção de baterias no continente europeu para apoiar as suas fábricas de automóveis na Hungria e na Turquia. Desta forma, as tarifas, embora concebidas para proteger a indústria europeia, estão a funcionar como um catalisador para o investimento direto estrangeiro por parte das empresas chinesas, que procuram mitigar o impacto das taxas através da localização da sua produção e cadeia de abastecimento dentro do próprio mercado europeu.













