Esta medida protecionista, descrita como a "arma preferida" do Presidente Trump, representa uma escalada significativa nas políticas comerciais com o objetivo de forçar a relocalização da indústria farmacêutica para território americano.

A nova política tarifária, com entrada em vigor prevista para 21 de outubro, constitui uma forte pressão sobre as farmacêuticas globais para que invistam em capacidade produtiva nos EUA. A medida isenta explicitamente as empresas que construam ou invistam em fábricas no país, funcionando como um incentivo direto ao 'onshoring'.

A decisão insere-se numa estratégia mais ampla de redução da dependência de cadeias de abastecimento estrangeiras em setores considerados estratégicos, como o farmacêutico e o de veículos pesados, que também foram alvo de novas taxas. A abordagem reflete uma política de "América Primeiro" que utiliza barreiras comerciais como ferramenta para remodelar o panorama industrial e proteger a economia interna. Analistas e mercados financeiros acompanham atentamente esta política, cuja implementação poderá desencadear reações por parte de parceiros comerciais como a União Europeia e influenciar as estratégias de investimento de multinacionais. A medida foi recebida com apreensão na Europa, onde se teme um aumento generalizado dos custos e uma disrupção nas cadeias de valor estabelecidas, que dependem de um fluxo comercial livre e previsível.

A exceção para empresas que invistam localmente sublinha o objetivo central da administração: mais do que arrecadar receita, a tarifa visa criar empregos e reforçar a soberania industrial norte-americana.