Esta reação sublinha a preocupação da indústria europeia com o impacto direto da política protecionista norte-americana nos consumidores e nos sistemas de saúde. A posição da indústria farmacêutica europeia é clara: as tarifas sobre produtos importados serão, em última análise, refletidas no preço final, penalizando os doentes e os orçamentos da saúde.

A federação argumenta que, em vez de proteger a economia, a medida cria barreiras artificiais num setor globalizado que depende de cadeias de abastecimento complexas e eficientes. A introdução de uma taxa tão elevada sobre produtos de marca ou patenteados arrisca-se a limitar o acesso a tratamentos inovadores e a gerar uma escalada de preços num mercado já pressionado pela inflação. A advertência surge num contexto de crescentes tensões comerciais, onde as decisões unilaterais de um dos maiores mercados do mundo podem ter consequências sistémicas.

Para a indústria europeia, esta política não só ameaça a rentabilidade das empresas exportadoras, como também põe em causa a colaboração internacional em investigação e desenvolvimento, essencial para o avanço da medicina.

A federação apela a uma solução negociada que evite uma guerra comercial no setor da saúde, defendendo que a cooperação é mais benéfica do que o protecionismo para garantir a segurança e a acessibilidade dos medicamentos a nível global.