O mercado automóvel europeu registou um aumento extraordinário nas vendas de veículos híbridos plug-in, que cresceram 1271% em agosto, um fenómeno diretamente associado às novas tarifas impostas pela União Europeia sobre os veículos elétricos (VE) importados da China. Este crescimento contrasta com a perda de quota de mercado dos VE, que passaram de 44% para 35% das vendas de marcas chinesas no mesmo período. A imposição de tarifas superiores a 35% sobre os VE chineses tornou estes modelos menos acessíveis para os consumidores europeus, levando a uma reorientação da procura para alternativas eletrificadas mais competitivas em termos de preço. Os híbridos plug-in, que combinam um motor a combustão com um motor elétrico e uma bateria recarregável, emergiram como a principal alternativa, oferecendo uma transição mais gradual para a eletrificação sem o custo acrescido das tarifas.
Este desvio na procura demonstra como as políticas comerciais podem influenciar diretamente o comportamento do consumidor e a dinâmica do mercado.
Enquanto os VE puros enfrentam novas barreiras, os híbridos plug-in, muitos dos quais também produzidos por marcas chinesas, beneficiam de uma vantagem competitiva.
O crescimento dos híbridos convencionais, que subiu 190%, também reforça esta tendência.
A situação revela uma consequência não intencional da política tarifária da UE: em vez de impulsionar exclusivamente a indústria de VE europeia, está a criar um novo nicho de mercado para os híbridos, onde os fabricantes chineses também estão bem posicionados para competir.
Em resumoAs tarifas da UE sobre veículos elétricos chineses provocaram uma mudança drástica no mercado, com as vendas de híbridos plug-in a registarem um crescimento sem precedentes. Esta tendência indica que, perante o aumento de preços dos VE importados, os consumidores europeus estão a optar por soluções híbridas como alternativa mais acessível.