Esta estratégia visa mitigar o impacto das taxas aduaneiras e garantir a competitividade dos seus produtos no mercado europeu.

A vice-presidente da BYD, Stella Li, revelou que o plano é produzir localmente a totalidade dos veículos destinados à venda na Europa dentro de três anos. A empresa já está a avançar com a construção de fábricas na Hungria e na Turquia, que, em conjunto, terão uma capacidade de produção de quase meio milhão de veículos por ano. Um consultor especial da BYD, Alfredo Altavilla, salientou que "não faz sentido" investir na produção de carros na Europa e continuar a importar baterias da China, sugerindo que a construção de uma fábrica de baterias no continente será o próximo passo lógico. Esta movimentação estratégica de 'onshoring' não é exclusiva da BYD; outros construtores chineses estão a seguir o mesmo caminho, procurando transformar-se em fabricantes locais para evitar as barreiras comerciais.

Esta tendência poderá levar a um aumento significativo do investimento chinês na indústria automóvel europeia, criando novos empregos e reforçando as cadeias de abastecimento locais.

Ao mesmo tempo, representa um desafio para os fabricantes europeus, que passarão a competir com os gigantes chineses não apenas em termos de importações, mas também no seu próprio território.