Segundo o especialista, a questão fundamental é “porquê as tarifas e porquê agora”.
A resposta reside na massiva industrialização da China e na transformação dos EUA num “mero mercado de consumo”.
Ferreira de Lemos afirma que “as tarifas surgem como uma resposta” a esta realidade e que “o protecionismo é estrutural e isso vai ter repercussões económicas” duradouras, sendo improvável que a política seja alterada por futuras administrações. A volatilidade e a incerteza geradas por “decisões precipitadas que destruíram margem” são um dos principais desafios para as empresas.
No entanto, esta nova conjuntura abre portas para a Europa.
Com a China a ser o principal alvo das tarifas, a Europa ganha um “prémio” em certos setores, como os têxteis, que podem agora competir de forma mais favorável no mercado americano.
Esta é “uma oportunidade para olharmos para os EUA como uma zona de exportações”. Contudo, o partner da EY alerta que nem todas as empresas estarão preparadas para capitalizar esta mudança.
A capacidade de resposta exige flexibilidade, investimento e talento.
“Só as empresas capitalizadas terão hipóteses”, concluiu.













