Várias empresas europeias estão a ajustar as suas estratégias de preços para compensar o impacto das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre as importações. Esta medida, visível em setores como o calçado e a moda, reflete a pressão sobre as margens de lucro e a necessidade de adaptar os modelos de negócio ao novo cenário comercial. Um exemplo claro é o da Birkenstock, que reviu em alta as suas previsões de receitas apesar de ter aumentado os preços para atenuar o impacto da tarifa de 15% sobre as importações europeias. A forte procura por parte de consumidores de maior poder de compra tem permitido à marca alemã absorver parte do custo adicional.
No setor da moda, a H&M também alertou para os efeitos das pautas aduaneiras norte-americanas, afirmando que espera que “os custos das tarifas dos EUA nas importações tenham um maior impacto no seu quarto trimestre fiscal”. Este aviso sugere que a empresa sueca enfrenta uma pressão significativa sobre as suas margens, o que poderá traduzir-se em preços mais elevados para os consumidores ou numa redução da rentabilidade.
Estas reações demonstram como as políticas comerciais protecionistas dos EUA estão a ter consequências diretas na estratégia das empresas europeias, forçando-as a encontrar um equilíbrio entre a manutenção da competitividade e a absorção de custos acrescidos, com o risco de repercutir esses custos no consumidor final.
Em resumoA imposição de tarifas pelos EUA está a levar empresas europeias como a Birkenstock e a H&M a reverem os seus preços e a alertarem para a compressão das margens. Embora algumas marcas consigam manter a procura, a tendência geral aponta para um aumento dos custos para o consumidor final.