Esta tendência cria oportunidades para empresas com presença local, como a portuguesa Hovione, que já possui uma fábrica em Nova Jérsia.
A tarifa de 100% sobre medicamentos de marca ou patenteados de empresas sem produção nos EUA funciona como um forte incentivo à relocalização da produção.
Para a Hovione, cujo maior mercado são os Estados Unidos, ter uma fábrica em Nova Jérsia representa uma “maravilhosa vantagem”, permitindo-lhe contornar as barreiras comerciais e responder à crescente procura por fornecedores locais.
A empresa está a investir 80 milhões de dólares (cerca de 68 milhões de euros) para reforçar a capacidade produtiva desta unidade.
O CEO da Hovione, Jean-Luc Herbeaux, afirmou que a empresa não vê “alterações nas dinâmicas” causadas pelas tarifas, precisamente porque a sua presença no terreno a protege.
A estratégia da Hovione, que trabalha com 19 das 20 maiores farmacêuticas mundiais, demonstra como a adaptação às novas realidades geopolíticas é crucial.
A empresa não só evita o impacto direto das tarifas, como se posiciona para captar novos negócios de clientes que procuram encurtar as suas cadeias de abastecimento e reduzir a sua exposição a riscos comerciais.













