A medida, com efeito retroativo a 1 de agosto, resulta de um acordo comercial alcançado em julho e representa um passo na desescalada das tensões comerciais transatlânticas. A decisão foi confirmada através de uma notificação oficial do governo dos EUA, que formaliza a descida dos direitos aduaneiros de um patamar anterior de 27,5% (ou 25%, segundo um dos artigos) para os atuais 15%.

Este ajustamento é uma consequência direta do acordo comercial negociado entre Washington e Bruxelas, que previa esta redução como contrapartida ao levantamento de tarifas europeias sobre produtos industriais norte-americanos.

O comissário europeu do Comércio, Maros Sefcovic, saudou a medida, afirmando: “Congratulo-me com o facto de a implementação dos nossos compromissos conjuntos estar no bom caminho”.

A aplicação retroativa da medida significa que os construtores que exportaram veículos para os EUA desde 1 de agosto poderão recuperar milhões em taxas já pagas, proporcionando um “alívio imediato” aos seus resultados financeiros.

No entanto, o acordo não resolve todas as disputas comerciais.

As negociações sobre o aço e o alumínio da UE, que continuam sujeitos a “direitos aduaneiros de 50%”, estão apenas a começar. Uma declaração conjunta de agosto indica que ambas as partes tencionam cooperar para isolar os seus mercados da sobrecapacidade, possivelmente através de “soluções de contingentes pautais”, mas sem um acordo final à vista.