A retalhista de moda sueca H&M, apesar de apresentar resultados trimestrais acima do esperado, alertou que os custos associados às tarifas norte-americanas sobre as importações terão um impacto crescente nas suas margens de lucro no final do ano fiscal. O aviso evidencia a pressão que as políticas comerciais dos EUA exercem sobre as cadeias de abastecimento globais. A empresa sueca reportou um desempenho financeiro robusto no seu terceiro trimestre fiscal, com o lucro operacional a crescer para 4,91 mil milhões de coroas suecas (445,2 milhões de euros), superando as expectativas dos analistas. Este resultado positivo foi alcançado mesmo com a marca a fechar lojas, registando uma perda de cerca de 4% em número de estabelecimentos.
No entanto, o otimismo foi moderado por um alerta significativo para o futuro próximo.
A H&M “alertou que espera que os custos das tarifas dos EUA nas importações tenham um maior impacto no seu quarto trimestre fiscal, que termina no final de novembro”. Esta previsão sinaliza que a pressão sobre as margens de lucro irá intensificar-se, refletindo os custos acrescidos que a empresa terá de absorver ou repercutir nos consumidores.
Este desafio surge num momento em que a H&M procura expandir a sua presença em mercados emergentes como o Brasil e a Índia, uma estratégia que pode ajudar a mitigar o abrandamento do consumo nos seus mercados principais, a Europa e os EUA.
A situação da H&M ilustra a vulnerabilidade das grandes cadeias de retalho globais às políticas comerciais e a forma como as tarifas podem corroer a rentabilidade, mesmo quando as vendas e os lucros operacionais mostram resiliência.
Em resumoApesar de um terceiro trimestre com lucros acima do esperado, a H&M alertou que as tarifas dos EUA sobre as importações irão pressionar as suas margens de lucro no final do ano. Este aviso demonstra como as políticas comerciais norte-americanas continuam a ser um fator de risco significativo para as empresas de retalho com cadeias de abastecimento globais.