Entre os fatores que contribuem para a estagnação estão a concorrência chinesa, os custos energéticos e o aumento das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos às importações.
A dimensão da crise é visível nos planos de reestruturação anunciados. A Bosch, um dos maiores fornecedores de componentes do mundo, prevê eliminar mais de 13.000 empregos na Alemanha até 2030, o que representa cerca de 10% da sua força de trabalho no país. A empresa justifica os cortes com a necessidade de reduzir custos em 2,5 mil milhões de euros anuais para assegurar a sua competitividade. Da mesma forma, a Volkswagen planeia reduzir 35.000 postos de trabalho na Alemanha, enquanto outros fabricantes como Continental e ZF também anunciaram milhares de cortes.
A indústria automóvel europeia, e “em particular a alemã, tem sido impactada com a queda da procura mundial, o aumento dos custos, a concorrência chinesa e o aumento das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos da América às importações”.
Um dos artigos especifica que “as exportações alemãs para o lucrativo mercado americano estão a tornar-se mais caras devido às tarifas”.
A situação levou a ministra da Economia de Baden-Württemberg, Nicole Hoffmeister-Kraut, a descrever a notícia da Bosch como “uma facada no coração industrial da Alemanha”.
O sindicato IG Metall criticou a redução de pessoal como sendo de “dimensão histórica”, argumentando que os custos associados deveriam ser investidos no desenvolvimento de produtos sustentáveis. Este cenário de crise e despedimentos reflete os “enormes desafios” que o setor enfrenta para se manter competitivo a nível global.













