Esta ação protecionista visa fortalecer a indústria interna, mas levanta preocupações sobre o impacto nos preços e nas relações comerciais.
A medida, detalhada pela Casa Branca, estabelece a aplicação de tarifas de 10% sobre madeira macia e madeira serrada, e taxas sobre mobiliário que começarão em 25% a partir de 14 de outubro, aumentando progressivamente até 50% em janeiro de 2026. Os produtos visados incluem móveis estofados, armários de cozinha e de casa de banho.
A justificação oficial, segundo o governo, é que estes produtos importados "ameaçam prejudicar a segurança nacional dos EUA". Esta ação insere-se numa política protecionista mais ampla, que, segundo analistas, é uma resposta estrutural à perda de relevância industrial dos EUA face à China.
O anúncio já teve repercussões nos mercados europeus, com analistas a notarem que "empresas ligadas ao setor de pasta e papel, como Altri e Navigator, refletem o fraco ambiente no setor" após a divulgação da medida.
A estratégia tarifária da administração Trump não se limita a estes produtos, tendo sido também mencionada a ameaça de "taxas de 100% sobre filmes produzidos fora dos EUA". A imposição destas barreiras comerciais é vista como uma fonte de volatilidade e incerteza, com potencial para destruir margens de lucro e dificultar a tomada de decisões de investimento por parte das empresas afetadas. A implementação faseada das tarifas sobre o mobiliário sugere uma tentativa de mitigar o impacto imediato, mas confirma uma tendência de longo prazo para o protecionismo.













