A medida visa incentivar a produção interna, mas a indústria farmacêutica europeia já alerta para o aumento dos custos.

As novas tarifas, que entraram em vigor a 1 de outubro, representam uma pressão direta sobre as empresas estrangeiras, especialmente as farmacêuticas. A medida prevê uma exceção estratégica: a tarifa de 100% não se aplica a empresas que construam fábricas nos Estados Unidos, o que evidencia o objetivo de forçar a relocalização da produção para território americano.

A Federação Europeia das Farmacêuticas reagiu prontamente, avisando que "o custo vai aumentar", um impacto que deverá ser sentido pelos consumidores.

O setor automóvel também é diretamente afetado, com a tarifa de 25% sobre camiões pesados a agravar os desafios já enfrentados pela indústria alemã, que se debate com a concorrência global e a transição energética.

A reunião agendada entre os líderes dos principais fabricantes alemães (BMW, Mercedes-Benz e Volkswagen) e o chanceler Friedrich Merz tem como um dos pontos de agenda "as tarifas americanas".

Esta política é descrita como a "'arma preferida'" de Trump, sendo utilizada para pressionar parceiros comerciais e proteger a indústria nacional, mesmo que isso gere tensões diplomáticas e perturbações nas cadeias de abastecimento globais. A medida reflete uma abordagem de confronto nas relações comerciais, com consequências diretas para setores estratégicos da economia europeia.