A estratégia europeia de contenção e negociação, que culminou num acordo para uma tarifa geral de 15%, foi fundamental para mitigar o impacto da guerra comercial. Num discurso em Helsínquia, Christine Lagarde afirmou que o impacto da guerra comercial sobre o crescimento e a inflação na zona euro foi "relativamente moderado".
A presidente do BCE atribuiu esta resiliência a dois fatores principais.
Primeiro, a decisão da União Europeia de não retaliar com "tarifas autodestrutivas", optando por uma abordagem mais contida para evitar uma escalada do conflito.
Segundo, a conclusão de um acordo comercial com a administração Trump que "limitou as tarifas a 15% e eliminou a incerteza que ameaçava atrasar ou interromper o investimento empresarial". Esta tarifa geral de 15%, que previa exceções para certos produtos como os medicamentos genéricos, contrasta com as taxas mais elevadas e setoriais impostas posteriormente pelos EUA. A estratégia europeia focou-se, assim, em criar um quadro de maior previsibilidade para as empresas, minimizando os danos económicos e mantendo os canais de negociação abertos, o que, segundo Lagarde, se revelou uma abordagem acertada para navegar a instabilidade comercial.












