César Santos, CEO da Wellow Network, aponta "o contexto geopolítico – guerras e tarifas" como uma das "grandes preocupações que desafiam a gestão estratégica do presente e do futuro próximo".

Esta visão é corroborada por um artigo da MIT Sloan Management Review, que destaca a necessidade de os líderes lidarem com as "tarifas económicas dos EUA" e investirem em flexibilidade nas cadeias de abastecimento, de modo a que "os materiais ou fornecedores possam ser trocados quando são aplicadas tarifas". O setor do luxo também sente esta pressão, com um estudo da ECCIA a alertar que "tensões geopolíticas e tarifas comerciais, sobretudo com EUA e China, [...] ameaçam exportações e margens de rentabilidade". Além do impacto direto nas operações, as tarifas são também consideradas uma "bandeira vermelha" em processos de fusões e aquisições, como assinalado por especialistas no setor. Esta omnipresença das tarifas como fator de risco demonstra que já não são vistas como uma questão meramente comercial, mas como uma variável geopolítica crítica que exige uma preparação e adaptação constantes por parte das empresas.