Em resposta, a farmacêutica Pfizer chegou a um acordo com a Casa Branca para obter isenção tarifária, num movimento que agitou o setor farmacêutico europeu.

A imposição das novas taxas aduaneiras surge após o Presidente Donald Trump ter enviado cartas a 17 farmacêuticas, instando-as a baixar os preços para se equipararem aos praticados fora dos EUA. A Pfizer foi a primeira a responder, comprometendo-se a reduzir os preços dos seus medicamentos no programa Medicaid, destinado a cidadãos de baixos rendimentos, em troca da isenção das novas tarifas.

Este acordo foi visto pelos mercados como um precedente, levando a uma valorização acentuada das ações de várias farmacêuticas europeias, como a AstraZeneca e a MSD, que subiram mais de 10%.

Analistas do JP Morgan consideraram o acordo um "termómetro em potencial para o setor que, prevemos, provavelmente será replicado pelas empresas farmacêuticas da União Europeia".

Adicionalmente, Donald Trump anunciou a criação de um website chamado "TrumpRx", a ser lançado em 2026, para que os consumidores possam comprar medicamentos com desconto. Segundo o presidente, "os Estados Unidos deixaram de subsidiar os cuidados de saúde do resto do mundo".

A medida sobre os medicamentos não afeta os genéricos, que, num acordo anterior com a UE, obtiveram taxas nulas ou quase nulas.