A medida visa garantir o "desenvolvimento sustentável" do setor, melhorar a qualidade do serviço pós-venda e reforçar o controlo sobre as exportações num mercado cada vez mais competitivo e sujeito a tensões comerciais.

A nova regulamentação surge como resposta a críticas crescentes sobre a deficiente assistência pós-venda de algumas marcas chinesas no estrangeiro, com relatos de longas esperas por peças de reposição. Ao exigir uma licença, Pequim pretende assegurar que apenas fabricantes e empresas autorizadas, capazes de garantir um serviço de assistência adequado e o cumprimento da garantia mínima de dois anos, possam vender os seus modelos fora do país.

Esta política visa também travar a "concorrência irracional" e proteger os fabricantes considerados estratégicos, como a BYD, que estão a realizar grandes investimentos na Europa. A medida não afetará apenas as marcas chinesas; fabricantes ocidentais como Tesla, Grupo Volkswagen e BMW, que utilizam as suas fábricas na China para exportar para mercados como a Europa, também terão de cumprir os novos requisitos. A decisão alinha a regulamentação dos VE com a de outros veículos e motas, que já exigem licenças de exportação, e reflete a intenção da China de gerir de forma mais apertada a sua expansão global no setor automóvel, especialmente perante as tarifas impostas pela União Europeia.