A indústria siderúrgica europeia tem vindo a alertar para a sua sobrevivência, sentindo-se pressionada pelo excesso de capacidade produtiva da China e pelos direitos aduaneiros impostos pelos Estados Unidos.
Em resposta, Bruxelas planeia apresentar um pacote de medidas que poderá alterar drasticamente o mercado do aço na União Europeia.
Entre as propostas em discussão está a redução das atuais quotas de importação e um aumento das tarifas aplicadas aos volumes excedentários, que deverão passar dos atuais 25% para 50%.
O objetivo é alinhar a política europeia com a de outros países, como os Estados Unidos e o Canadá, que já aplicam taxas de 50%. Esta medida surge de um esforço mais vasto da UE para criar uma “aliança dos metais” com os seus parceiros ocidentais, de modo a proteger a produção interna e diminuir a dependência de fornecedores externos. Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), o excedente mundial de produção de aço poderá atingir 721 milhões de toneladas em 2027, maioritariamente devido à produção subsidiada chinesa.
A decisão, no entanto, poderá ter um impacto direto nos consumidores, refletindo-se no preço final de produtos em setores como a construção e a indústria automóvel.












