As tarifas comerciais, juntamente com os conflitos geopolíticos, são cada vez mais vistas pelos líderes empresariais como uma das principais fontes de risco e imprevisibilidade. Esta incerteza afeta as cadeias de abastecimento, os custos operacionais e a confiança geral no mercado, obrigando as empresas a repensar as suas estratégias de resiliência. Num ambiente de negócios descrito como um “mundo fora de controlo”, as tarifas impostas pelos EUA e as tensões comerciais com a China são uma preocupação constante para os gestores. O relatório ‘CFO Insights 2025’ da SAP Concur revela que 37% dos líderes financeiros colocam as questões geopolíticas, incluindo as tarifas, no topo das suas preocupações, um aumento de 26% em relação ao ano anterior.
Esta perceção de risco obriga as organizações a investir numa maior preparação para lidar com o impacto de “surpresas políticas”.
A resiliência estratégica passa por garantir flexibilidade nas cadeias de abastecimento, “para que os materiais ou fornecedores possam ser trocados quando são aplicadas tarifas”.
A indústria automóvel, por exemplo, sente o impacto das tarifas norte-americanas e da crescente concorrência chinesa, enquanto o setor do luxo europeu vê as suas exportações e margens de rentabilidade ameaçadas.
Para os líderes empresariais, o desafio não é apenas a aversão ao risco, mas sim a dificuldade em lidar com a imprevisibilidade, onde “a qualquer momento pode acontecer tudo”.
Esta realidade força as empresas a adaptarem-se rapidamente e a procurarem soluções inovadoras para se manterem competitivas.
Em resumoPara além do seu impacto direto em setores específicos, as tarifas tornaram-se um fator de risco sistémico na economia global. A imprevisibilidade gerada pelas políticas comerciais força as empresas a adotarem modelos de negócio mais resilientes e flexíveis, transformando a gestão de risco numa prioridade estratégica.