Os investidores reagem rapidamente a cada novo desenvolvimento na guerra comercial, procurando ativos de refúgio ou reposicionando-se em setores que podem beneficiar de acordos específicos.
A instabilidade gerada pela política comercial dos Estados Unidos tem sido um dos principais motores dos mercados.
Por um lado, a incerteza alimenta a procura por ativos de refúgio, como o ouro, cujo preço atingiu um novo máximo histórico, acumulando um ganho de 47% no ano, o mais acentuado desde 1979.
Este movimento reflete “as tensões geopolíticas e a política comercial dos Estados Unidos”.
Por outro lado, os mercados acionistas mostram-se sensíveis a cada anúncio.
O índice PSI da bolsa de Lisboa, por exemplo, sofreu uma “forte interrupção” após o “anúncio das tarifas recíprocas pela Administração dos EUA”.
No entanto, a reação dos mercados não é uniformemente negativa.
O setor farmacêutico europeu registou uma valorização expressiva, com empresas como a AstraZeneca a dispararem mais de 11%, após a Pfizer ter chegado a um acordo com a Casa Branca para obter isenção de tarifas em troca de uma redução de preços. Este episódio demonstra como os investidores se reposicionam rapidamente, antecipando que outras empresas possam beneficiar de acordos semelhantes, transformando a incerteza comercial numa oportunidade de investimento setorial.












