A situação levou os líderes dos maiores fabricantes alemães a agendarem uma reunião com o chanceler para debater o futuro do setor.
A pressão sobre a indústria é multifacetada, combinando as tarifas norte-americanas, a crescente concorrência das marcas chinesas e as novas regras de emissões na União Europeia. Um relatório recente indica que, no primeiro semestre de 2025, os lucros operacionais das 34 maiores fabricantes automóveis caíram 23%, sendo as “incertezas comerciais resultantes das tarifas impostas pelos EUA” um dos fatores de pressão.
A situação é particularmente sentida na Alemanha, cujo modelo económico assenta fortemente na exportação automóvel.
Líderes da BMW, Mercedes-Benz e Volkswagen agendaram uma reunião com o chanceler Friedrich Merz para 9 de outubro, com o objetivo de discutir os desafios que o setor enfrenta. A Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA) em Portugal também reagiu, sublinhando que a transição para a mobilidade sustentável deve ser acompanhada de medidas que protejam a competitividade da indústria europeia. A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, ofereceu uma perspetiva mais otimista, afirmando que a economia europeia tem resistido melhor do que o esperado, em parte porque a UE evitou uma retaliação com “tarifas autodestrutivas” e conseguiu um acordo que limitou as taxas a 15% em certos casos.













