Esta ação provocou uma reação imediata da indústria farmacêutica e do setor automóvel europeu, que agora enfrentam barreiras comerciais significativas no mercado americano.

No setor farmacêutico, a imposição de uma taxa de 100% sobre medicamentos "de marca ou patenteados" levou a farmacêutica Pfizer a negociar um acordo direto com a Casa Branca. A empresa comprometeu-se a reduzir os preços dos seus medicamentos no programa Medicaid, destinado a cidadãos de baixos rendimentos, obtendo em troca uma isenção tarifária.

Este acordo gerou um forte otimismo nos mercados, com as ações de outras grandes farmacêuticas europeias, como a AstraZeneca e a Sanofi, a registarem subidas acentuadas na expectativa de que acordos semelhantes possam ser replicados.

No setor automóvel, as novas tarifas de 25% sobre camiões pesados geraram preocupação entre os fabricantes alemães.

Líderes da BMW, Mercedes-Benz e Volkswagen agendaram uma reunião com o chanceler alemão para discutir o impacto destas medidas.

A decisão da administração Trump insere-se numa política comercial mais ampla que já tinha definido uma tarifa geral de 15% em acordo com a UE, mas que considerava os medicamentos genéricos como exceções, algo que agora muda com a taxação específica sobre produtos patenteados.