A decisão surge num contexto de incerteza económica, que a empresa atribui, em grande parte, às "tarifas aduaneiras adicionais implementadas pelos EUA". A medida surge na sequência de uma quebra de 46% nos lucros da empresa durante o primeiro semestre do ano. Para combater este cenário adverso, a Navigator está a levar a cabo "programas internos" de contenção que incluem uma "restrição de novas admissões" de trabalhadores, otimização dos custos de funcionamento e a renegociação estratégica de contratos com fornecedores de matérias-primas e serviços de logística. No que diz respeito ao investimento, a empresa planeia uma redução de aproximadamente 40 milhões de euros para o ano corrente. No entanto, a Navigator assegura que dará prioridade aos projetos que se enquadram no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), sinalizando um esforço para equilibrar a contenção de custos com os compromissos de investimento estratégico a longo prazo.
Esta ação da Navigator ilustra o impacto direto que as políticas comerciais internacionais podem ter nas operações e na estratégia financeira das grandes empresas exportadoras portuguesas, forçando-as a adotar medidas defensivas para mitigar os riscos e preservar a sua rentabilidade.












