As propostas, que serão apresentadas a 7 de outubro, podem incluir uma redução drástica das quotas de importação e um aumento significativo das tarifas. A indústria siderúrgica europeia, que sustenta cerca de 2,5 milhões de empregos, enfrenta desafios como o excesso de capacidade produtiva da China e os direitos aduaneiros impostos pelos EUA. Em resposta, as associações setoriais europeias, como a Eurofer, têm vindo a exigir medidas de proteção mais robustas. Entre as propostas em discussão está a redução para metade das atuais quotas de importação e um aumento das tarifas sobre os volumes excedentários, que passariam dos atuais 25% para 50%, alinhando a UE com as práticas de países como os Estados Unidos e o Canadá.

A Comissão Europeia, através do vice-presidente executivo Stephane Séjourné, já garantiu aos representantes da indústria que as suas preocupações foram ouvidas.

Além do aço, Bruxelas está também a avaliar o mercado do alumínio e a possibilidade de aplicar taxas à exportação de sucata metálica para preservar matérias-primas estratégicas.

A longo prazo, a UE pretende criar uma “aliança dos metais” com os seus aliados ocidentais e negoceia um acordo com os EUA para substituir as tarifas norte-americanas por um sistema de quotas. Embora o reforço das tarifas possa dar “algum fôlego às empresas europeias”, os especialistas alertam para o potencial aumento de preços para os consumidores em setores como a construção e a indústria automóvel.