Analistas financeiros estão divididos, com alguns a preverem pressão inflacionista e outros a aconselharem os investidores a ignorar o "ruído" político.
A subida do preço do ouro, que se aproxima dos 4.000 dólares por onça, tem sido atribuída a vários fatores, incluindo “compras massivas por parte dos bancos centrais, a fraqueza do dólar e o contexto geopolítico”.
Vários artigos destacam que a subida reflete “o medo em relação à guerra das tarifas alfandegárias”.
Esta perceção é partilhada por grandes instituições financeiras, como o Bank of America, que aumentou o seu preço-alvo para o ouro para 4.000 dólares, justificando a revisão com “o impacto da pressão inflacionista causada pelas tarifas, das tensões geopolíticas globais e do défice estrutural dos Estados Unidos”.
No entanto, nem todos os analistas partilham a mesma preocupação.
Alex Brazier, diretor global de estratégia da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo, aconselha os investidores a não se distraírem com o “ruído” das guerras comerciais e das tarifas americanas.
Na sua perspetiva, é mais importante focar-se nas “oportunidades entusiasmantes” que surgem em setores como a inteligência artificial, a energia e a banca.
A visão do Banco Central Europeu (BCE), expressa pelo seu vice-presidente Luis de Guindos, é mais cautelosa.
Este classificou o pacto EUA-UE que evitou uma guerra comercial total como “agridoce”, uma vez que as tarifas, embora controladas, subiram de um patamar de 3% para cerca de 13%.













