A indústria automóvel teme que a redução das quotas e o aumento das tarifas resultem numa inflação dos preços do aço, com um impacto direto nos custos de produção dos veículos. Apesar de os fabricantes europeus adquirirem cerca de 90% do seu aço dentro da União Europeia, a ACEA sublinha que a importação de certas qualidades e quantidades continua a ser necessária para a sua cadeia de abastecimento. A associação recorda que, nos últimos anos, as quotas para os tipos de aço mais utilizados pela indústria automóvel "têm sido rapidamente esgotadas", o que demonstra a dependência contínua de fornecedores externos para complementar a produção europeia. A diretora-geral da ACEA, Sigrid de Vries, reconheceu que a indústria siderúrgica enfrenta desafios, mas defendeu que "os parâmetros propostos pela Comissão vão demasiado longe ao isolar o mercado europeu".
Na sua ótica, as medidas precisam de "encontrar um melhor equilíbrio entre as necessidades dos produtores e utilizadores europeus de aço". A associação alerta ainda para a complexidade de aplicar a nova regra de identificação da origem do aço numa cadeia de fornecimento tão globalizada como a do setor automóvel.
A preocupação central é que estas restrições, ao limitarem a oferta e aumentarem os custos da matéria-prima, se repercutam nos preços finais dos automóveis, prejudicando os consumidores e a posição competitiva dos fabricantes europeus face à concorrência internacional.













