Através do vice-presidente executivo da AIMMAP, Rafael Campos Pereira, o setor argumenta que a decisão compromete o objetivo de reindustrialização da Europa ao aumentar drasticamente os custos da matéria-prima para a indústria transformadora, que constitui a base do tecido industrial do continente. Segundo Campos Pereira, a medida "vai completamente ao contrário do que é proposto pela União Europeia", uma vez que, ao impor um aumento de preços sobre o aço, as margens da indústria transformadora europeia serão "brutalmente diminuídas", destruindo a sua capacidade concorrencial.
A crítica é partilhada por outras federações europeias, como a EuroMetal, cujo presidente, Alexander Julius, acusa a Comissão de ter tomado a decisão "à revelia" da própria indústria.
A AIMMAP sublinha a contradição de uma política que, para proteger os produtores de aço, penaliza os seus maiores clientes, que são as indústrias transformadoras.
O setor metalúrgico português, fortemente exportador e integrado nas cadeias de valor europeias, alerta que a sua competitividade depende do acesso a matérias-primas a preços competitivos.
A associação expressou ainda ceticismo quanto à fundamentação da medida, notando que a própria Comissão admitiu não ter concluído os estudos de impacto, embora, para a AIMMAP, seja evidente que "o aumento das matérias-primas em 50% vai impedir a importação e colocar em perigo a transformação".













