A associação UK Steel adverte que as medidas podem ser "fatais para muitas das nossas restantes siderúrgicas" e ameaçam milhares de empregos em toda a cadeia de abastecimento.
A preocupação do setor britânico é dupla.
Por um lado, a UE representa 78% de todas as exportações de aço do Reino Unido, o que significa que a imposição de uma tarifa de 50% sobre os excedentes das quotas tornaria as suas vendas para o principal mercado de exportação inviáveis. Por outro lado, existe o receio de que as restrições europeias redirecionem milhões de toneladas de aço de outros países para o mercado britânico, que é menos protegido, criando uma concorrência insustentável para os produtores locais. Gareth Stace, diretor-geral do grupo industrial UK Steel, foi claro ao afirmar que "a probabilidade de as medidas da UE redirecionarem milhões de toneladas de aço para o Reino Unido pode ser fatal".
Face a esta ameaça, o governo britânico está a "pressionar a Comissão Europeia para um esclarecimento urgente sobre o impacto desta medida no Reino Unido", conforme revelou o ministro da Indústria, Chris McDonald.
A situação sublinha a vulnerabilidade da indústria britânica no pós-Brexit, que agora tem de negociar o seu acesso ao mercado único europeu enquanto lida com as consequências das políticas comerciais do bloco.












