O estudo preliminar conclui que as empresas nacionais estão a absorver o custo das novas tarifas, o que se reflete numa contração da sua rentabilidade.
A investigação do banco central comparou o comportamento das vendas de bens para os EUA no período pré e pós-eleição de Trump, entre novembro de 2024 e junho de 2025. Os resultados apontam para "um impacto negativo e estatisticamente significativo", com uma "diminuição de sete pontos percentuais no crescimento do valor exportado e de dois pontos percentuais no crescimento do preço de exportação para os EUA em comparação com outros destinos". Esta quebra é particularmente acentuada nas empresas de menor dimensão, atingindo os nove pontos percentuais.
Segundo o BdP, o facto de o impacto ser "mais pronunciado no valor do que no preço de exportação" sugere uma "contração relativa" dos volumes vendidos.
A análise explica que o aumento dos direitos aduaneiros e a depreciação do dólar contribuíram para aumentar o preço final para os importadores americanos. Para mitigar este efeito, as empresas portuguesas parecem ter optado por não repercutir a totalidade dos custos, ajustando as suas margens de lucro para baixo.
Este sacrifício da rentabilidade reflete a dificuldade em competir num ambiente comercial mais protecionista.













