As declarações indicam que as tensões comerciais são vistas como um risco macroeconómico relevante, com potencial para afetar o crescimento, a inflação e a estabilidade financeira na Europa.
Luis de Guindos classificou o pacto comercial entre os EUA e a União Europeia como "agridoce", notando que, apesar de ter evitado uma guerra comercial total, resultou num aumento significativo das barreiras comerciais.
Segundo o vice-presidente do BCE, as tarifas "que antes se moviam no entorno dos 3% agora estão na zona dos 13%", o que representa um impacto económico e um desgaste da confiança dos consumidores.
Por sua vez, Christine Lagarde defendeu a necessidade de aprofundar o mercado interno europeu como forma de mitigar os danos.
A presidente do BCE estimou que "um crescimento de 2% nas trocas dentro da União Europeia (UE) compensaria as perdas relacionadas com o aumento das tarifas à entrada dos produtos europeus nos EUA desde a chegada do Presidente Donald Trump à Casa Branca". As intervenções de ambos os líderes demonstram que o protecionismo norte-americano não é apenas uma questão comercial, mas um fator que entra nas equações da política monetária e da estabilidade financeira da zona euro, exigindo respostas estratégicas a nível europeu para reforçar a resiliência do bloco.













