O metal precioso, tradicionalmente visto como um ativo de refúgio, valorizou quase 50% em 2025, refletindo uma forte procura por parte de investidores que procuram proteger-se da instabilidade económica global.
Vários analistas apontam a política comercial agressiva dos Estados Unidos e os conflitos comerciais como fatores-chave para esta escalada.
Pedro del Pozo, diretor de investimentos da Mutualidad de la Abogacía, afirmou que a subida do ouro reflete o "medo em relação à guerra das tarifas alfandegárias".
Esta visão é corroborada por outras instituições financeiras.
O Bank of America, por exemplo, aumentou o seu preço-alvo para o ouro, justificando-o com o "impacto da pressão inflacionista causada pelas tarifas" e as tensões geopolíticas.
O ING também referiu o impacto da "política comercial agressiva do presidente Donald Trump" como um dos motores do rally. A valorização do ouro num contexto de guerra comercial demonstra como as políticas protecionistas estão a gerar ansiedade nos mercados financeiros, levando a uma fuga de capitais de ativos de risco para a segurança percebida do metal precioso. Este fenómeno ilustra o impacto sistémico das tarifas, que vai além do comércio de bens e afeta as estratégias de investimento a nível global.













