A medida surge num contexto de crescente rivalidade tecnológica e comercial entre as duas maiores economias do mundo. As terras raras são um conjunto de 17 elementos químicos essenciais para a produção de uma vasta gama de tecnologias avançadas, incluindo semicondutores, veículos elétricos, turbinas eólicas e equipamentos de defesa.
A China controla uma parte substancial da extração e, mais importante, do processamento destes materiais, o que lhe confere uma alavancagem estratégica considerável.
Ao impor controlos à exportação, Pequim não está a aplicar uma tarifa tradicional, mas sim a restringir o acesso a componentes vitais para as indústrias de alta tecnologia ocidentais. Esta ação sublinha a vulnerabilidade das cadeias de abastecimento globais e intensifica a corrida das nações ocidentais para diversificar as suas fontes de matérias-primas críticas e desenvolver capacidades de processamento internas.
A decisão chinesa demonstra que o conflito comercial está a evoluir para além das tarifas, abrangendo agora o controlo sobre recursos estratégicos e tecnologia.













