A fraca procura nos mercados afetados pelas tarifas e a incerteza económica estão a pressionar os resultados das fabricantes.

A Aston Martin anunciou uma revisão em baixa das suas vendas para o ano fiscal de 2025, prevendo uma quebra percentual de um dígito médio-alto em comparação com o ano anterior.

A marca de luxo britânica atribuiu esta revisão aos “crescentes desafios” no ambiente macroeconómico global, incluindo o “impacto contínuo” das tarifas, especialmente na América do Norte e na região Ásia-Pacífico.

A empresa espera que o lucro antes de juros e impostos (EBIT) ajustado fique abaixo do limite inferior do intervalo previsto, devido a “volumes mais fracos e pela pressão sobre a margem bruta”.

A situação da Renault também reflete as dificuldades do setor.

A fabricante francesa está a considerar a eliminação de 3.000 postos de trabalho em funções de apoio como parte de um plano de redução de custos. Entre os fatores que pressionam a empresa estão os elevados custos associados à produção de veículos elétricos, a forte concorrência chinesa e o “impacto de tarifas nos EUA”.

Estas dificuldades demonstram como as barreiras comerciais estão a afetar diretamente a rentabilidade e as decisões estratégicas das grandes construtoras europeias, forçando-as a reestruturar operações e a adotar posturas mais conservadoras face ao futuro.