A presidente Christine Lagarde defendeu a necessidade de um euro mais forte para mitigar as consequências, enquanto o vice-presidente Luis de Guindos classificou o recente pacto comercial com os EUA como "agridoce". Christine Lagarde salientou que, com o dólar como principal moeda mundial, a Europa recebe "as consequências das decisões tomadas em Washington".
Para contrariar esta dependência, defendeu a urgência de desenvolver a dimensão internacional do euro para que este passe de uma moeda intermédia a "uma verdadeira moeda mundial". A presidente do BCE estimou que um crescimento de 2% nas trocas comerciais dentro da União Europeia seria suficiente para compensar as perdas relacionadas com o aumento das tarifas sobre produtos europeus nos EUA. Por sua vez, Luis de Guindos, vice-presidente do BCE, classificou o pacto comercial EUA-UE como "agridoce", notando que as tarifas, que "antes se moviam no entorno dos 3% agora estão na zona dos 13%".
Este aumento, segundo Guindos, tem um impacto económico real e desgasta a confiança dos consumidores, contribuindo para um cenário de incerteza.
Ambos os responsáveis apontam para a necessidade de a Europa reforçar a sua autonomia estratégica e resiliência económica face às políticas protecionistas.














