Esta decisão estratégica visa aumentar a produção local em 50% e criar milhares de empregos, realinhando a sua presença industrial face às políticas protecionistas norte-americanas.
A medida representa uma das mais significativas reações corporativas à guerra comercial, ilustrando como as barreiras alfandegárias estão a redesenhar as cadeias de produção globais. O investimento de 11,22 mil milhões de euros apoiará o lançamento de cinco novos veículos e a criação de mais de 5.000 postos de trabalho em fábricas nos estados de Illinois, Ohio, Michigan e Indiana. A decisão surge num contexto em que o setor automóvel foi um dos primeiros alvos das políticas de Donald Trump, que impôs uma taxa de 25% sobre carros não fabricados nos EUA, posteriormente reduzida para 15% para a União Europeia.
Mesmo com a redução, as empresas continuaram a ser penalizadas, e a transferência da produção para solo americano, como pretendido pela administração, elimina estes custos.
O impacto das tarifas na Stellantis foi evidente, com o grupo a registar um prejuízo de 2.256 milhões de euros no primeiro semestre, contrastando com os lucros do ano anterior. A agência Moody's também reviu a perspetiva da empresa para "negativa", citando o "impacto das tarifas de importação dos EUA" como um dos fatores que pressionaram a rentabilidade. O CEO da Stellantis para a América do Norte, Antonio Filosa, afirmou que "acelerar o crescimento nos EUA tem sido uma prioridade", sublinhando que "o sucesso na América não é bom apenas para a Stellantis nos EUA, torna-nos mais fortes em todas as partes".













