Esta escalada verbal gerou forte volatilidade nos mercados financeiros globais, que oscilam entre o receio de uma guerra comercial total e o alívio provocado por declarações conciliatórias posteriores.
O confronto reacendeu-se após Pequim ter imposto controlos à exportação de terras raras e aplicado direitos especiais a navios dos EUA, em retaliação a medidas semelhantes de Washington. Em resposta, Trump ameaçou com um "aumento massivo" de tarifas, afirmando que os EUA imporiam "uma tarifa de 100% à China, para além de qualquer tarifa que estejam atualmente a pagar" a partir de novembro.
Esta declaração provocou quedas acentuadas nos mercados, com o Nasdaq a registar a pior sessão desde abril e o mercado de criptomoedas a sofrer liquidações recorde.
O secretário do Tesouro norte-americano, Scott Bessent, acusou a China de tentar "prejudicar a economia mundial".
No entanto, dias depois, Trump moderou o tom, afirmando que os EUA desejavam "ajudar a China, não prejudicar", o que levou a uma recuperação parcial das bolsas.
Analistas, como os do Bankinter, veem este padrão como uma tática negocial, com Adam Sarhan, da 50 Park Investments, a notar que "Trump utiliza as taxas alfandegárias ou a possibilidade de as impor como meio de negociar os acordos". Apesar disso, a incerteza persiste, com Henrique Valente, da ActivTrades Europe, a sublinhar que "os ativos de risco estão novamente em queda, refletindo preocupações renovadas com a guerra comercial".













