A pressão fiscal está a forçar uma reavaliação dos planos de negócio e a acelerar a deslocalização da produção para contornar os custos aduaneiros.
As consequências das tarifas são visíveis nos resultados financeiros de várias empresas. A Stellantis, por exemplo, viu a sua perspetiva de crédito revista em baixa para "negativa" pela Moody's, que citou o "fraco desempenho operacional" e o "impacto das tarifas de importação dos EUA" como fatores que pressionaram a rentabilidade e o fluxo de caixa. A empresa também adiou a apresentação do seu plano de recuperação devido ao "cenário de incerteza no setor automóvel", onde se incluem as tarifas. A Porsche também sentiu o efeito, com as vendas na América do Norte a registarem uma contração no último trimestre.
Os custos associados às tarifas já acumulam "centenas de milhões de euros", segundo um dos artigos, pesando sobre os resultados da marca de luxo. A situação da Stellantis é particularmente ilustrativa: o grupo registou prejuízos significativos no primeiro semestre, em parte devido às taxas de 15% (reduzidas de 25% após acordo com a UE) sobre os veículos importados. Esta pressão fiscal foi um dos principais catalisadores para o seu investimento histórico de 13 mil milhões de dólares em fábricas nos EUA, uma medida que visa mitigar os "impactos tarifários" e alinhar-se com as políticas protecionistas da administração norte-americana.













