No entanto, a indústria transformadora, que depende do aço como matéria-prima, argumenta que a medida terá o efeito contrário.

Rafael Campos Pereira, da AIMMAP, alertou que a subida de 50% nos custos "vai impedir a importação e colocar em perigo a transformação", destruindo a competitividade das empresas europeias.

A federação europeia do setor, EuroMetal, acusou a Comissão de ter tomado a decisão "à revelia" da própria indústria.

Vários analistas consideram que a medida é um alinhamento com a política de Washington contra a China, prejudicando os interesses europeus.

A Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) também manifestou "muita preocupação", alertando para o aumento de custos. A situação ameaça ainda o Reino Unido, que teme que milhões de toneladas de aço sejam redirecionadas para o seu mercado, o que, segundo o diretor-geral do UK Steel, Gareth Stace, "pode ser fatal para muitas das nossas restantes siderurgias".