Os investidores reagem com nervosismo a cada declaração política, procurando refúgio em ativos seguros como o ouro, cujo preço atingiu máximos históricos.

A instabilidade foi particularmente visível após Donald Trump ameaçar impor tarifas de 100% sobre produtos chineses.

A reação foi imediata: as bolsas europeias e norte-americanas registaram quedas acentuadas, com o Nasdaq a sofrer a pior sessão desde abril.

O mercado de criptomoedas foi ainda mais afetado, com liquidações recorde de 20 mil milhões de dólares em 24 horas, num evento descrito como "o maior colapso de sempre no mercado cripto". A Bitcoin caiu significativamente, testando zonas de suporte psicológico.

Por outro lado, o ouro reforçou o seu estatuto de ativo de refúgio, ultrapassando pela primeira vez a barreira dos 4.000 dólares por onça e atingindo novos recordes históricos, com uma valorização de 56% no ano. Analistas como Adrián Hostaled atribuem esta subida às "tensões entre os EUA e a China" e aos "constantes fluxos de capital para os ETF de ouro".

A prata seguiu a mesma tendência, também atingindo máximos.

A volatilidade é bidirecional: quando Trump moderou o seu discurso, os mercados recuperaram, com Wall Street a fechar em alta, ilustrando a forte dependência do sentimento dos investidores em relação ao desenrolar da disputa comercial.