A decisão europeia surge num contexto em que os fabricantes chineses estão a expandir-se rapidamente no mercado europeu.
Segundo a consultora AlixPartners, as marcas chinesas deverão atingir uma quota de mercado de 5% na Europa já este ano, com previsões de chegar a 10% até 2030. Este crescimento ameaça a produção local, com a consultora a estimar que a Europa poderá ter cerca de oito fábricas em excesso se os construtores chineses venderem dois milhões de carros por ano na região.
A imposição de "tarifas pesadas para automóveis elétricos provenientes da China" é uma das respostas da UE para apoiar a sua indústria.
Como consequência direta, empresas como a BYD estão a acelerar os seus planos de produção local para contornar estas barreiras.
A gigante chinesa, que ambiciona produzir na Europa todos os carros que vende no continente até 2028, já está a planear fábricas na Hungria e na Turquia, e considera agora Espanha como uma localização prioritária para uma terceira unidade, precisamente porque "os automóveis produzidos na China enfrentam pesadas tarifas".












