Empresas como a Levi Strauss e a Tiffany & Co.

enfrentam pressões sobre as suas margens de lucro devido aos custos aduaneiros, mesmo perante uma procura resiliente por parte dos consumidores. A Levi Strauss & Co, icónica fabricante de roupa de ganga, reviu em alta as suas previsões anuais de vendas e lucros, citando uma forte procura na Europa e nas Américas. No entanto, o otimismo foi ofuscado por um alerta sobre o "impacto dos direitos aduaneiros", o que levou as suas ações a recuarem cerca de 7% na negociação pré-mercado.

A empresa confirmou que a procura se mantém forte "apesar das tarifas mais elevadas", indicando que, por enquanto, tem conseguido gerir os custos adicionais, mas a preocupação dos investidores sobre a sustentabilidade das margens a longo prazo permanece.

No setor do luxo, a situação é semelhante. A joalharia Tiffany, do grupo LVMH, está a sentir dificuldades em manter as margens de lucro devido a uma combinação de fatores, incluindo os "altos preços do ouro, as tarifas norte-americanas e o enfraquecimento do dólar". Jon Cox, da Kepler Cheuvreux, afirmou à Reuters que, embora as marcas de alta qualidade possam compensar alguns destes fatores individualmente, a sua combinação torna a situação "muito difícil", sendo provável que haja "pressão sobre as margens".

A LVMH, que deverá apresentar resultados trimestrais, espera um crescimento modesto no segmento de relógios e joias, o que reflete os desafios impostos pelo ambiente comercial e macroeconómico.