Segundo as simulações do BCE, um cenário adverso, caracterizado por "agravamento das tensões geopolíticas e comerciais com tarifas mais elevadas", poderia fazer com que o rácio de crédito malparado aumentasse para 5,8%, um valor significativamente superior aos cerca de 2% atuais. Neste cenário, as "perdas agregadas ascenderiam a 628 mil milhões de euros", um aumento de 14% face ao teste de esforço anterior.
A presidente do Conselho de Supervisão apelou à prudência por parte das instituições financeiras, afirmando: "Estamos vigilantes e esperamos que os bancos tenham a mesma prudência". As tensões comerciais entre os EUA e a China, os conflitos armados e a fragmentação das cadeias de valor globais foram identificados como os principais fatores de risco. Claudia Buch defendeu ainda a necessidade de reforçar o quadro de gestão de crises bancárias na União Europeia, argumentando que "os desafios atuais exigem mais Europa, não menos". A harmonização de regras e a conclusão da União Bancária são vistas como essenciais para garantir a estabilidade e a capacidade de resposta do sistema financeiro a futuros choques.












